Escrito por:

Hermenegildo Cavalcanti

Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Cidade de São Paulo, Hermenegildo lidera todas as iniciativas internas de TI da Microsoft Brasil. É responsável por direcionar todas as adoções de plataformas globais bem como implementações, aplicações e soluções de Infraestrutura.

Artigos de Sustentabilidade

publicado em 18/04/2012

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TI Verde passou a ser um dos temas mais discutidos dentro das empresas nos últimos anos. De acordo com dados do Relatório de TI Verde – Estados Unidos e Canadá, da Symantec, 97% das companhias entrevistadas estão discutindo sua “estratégia verde”.

E é bom que seja assim. Afinal, as práticas de sustentabilidade ambiental corporativa não são somente excelentes aliadas para o aumento da rentabilidade das empresas como, principalmente, podem ajudar bastante na preservação dos recursos – cada vez mais exauridos – do planeta. Um estudo do The Climate Group, chamado SMART 2020: Permitindo a Economia do Carbono Baixo na Era da Informação, aponta que “a transformação na forma como as pessoas e as empresas utilizam a tecnologia pode reduzir as emissões globais em 15% até 2020 e gerar economia de energia para empresas de mais de 500 bilhões de euros”.

Para nós da Microsoft, é preciso agir imediatamente e estamos fazendo a nossa lição de casa. Até porque um dos nossos princípios de atuação é respeitar o meio-ambiente, preservando os recursos naturais, e também proteger a saúde e a segurança de funcionários, clientes e comunidades onde operamos. Somamos a essa premissa uma análise do Garner Group que mostra: a indústria global da tecnologia da informação e das comunicações responde por aproximadamente 2% das emissões de CO2 de todo o mundo.

Resolvemos, então, fazer um levantamento da nossa infraestrutura de TI e identificamos que o uso médio das CPUs dos 13 mil servidores dos nossos datacenters era menor do que 10%. Também descobrimos que 55% da energia utilizada no Campus da Microsoft eram consumidos pelos laboratórios de desenvolvimento. Além disso, os centros de dados da sede da corporação, em Redmond (Estados Unidos), estavam próximo de esgotar a sua capacidade de espaço físico e de energia.

Como agir diante desse cenário? Traçamos uma estratégia bastante objetiva, baseada em três pilares: reduzir as demandas por energia, gerenciar a energia e o impacto ambiental e repensar as práticas de negócio. Para cada um desses eixos, elaboramos um plano de ações, o qual sempre deveria levar em conta as iniciativas a serem implementadas, a sua razão e, principalmente, o resultado esperado.

Para reduzir as demandas por energia, nós utilizamos softwares para diminuição do consumo, usamos bem menos máquinas físicas por meio de virtualização (maior utilização de cada uma delas) e identificamos pontos de ineficiência com vários recursos e melhores práticas de datacenter. Com isso, queríamos construir aplicações mais eficientes e decrescer a emissão de carbono. Os resultados? Economia de 30% no gerenciamento de energia do PC e 22 milhões de kWhs em energia elétrica, sem, assim, deixar de atender as necessidades dos usuários e com a possibilidade de expansão futura do projeto com meta de 50% de economia.

Já em relação ao gerenciamento da energia e do impacto ambiental, nós implantamos o portal do serviço Live Meeting e integramos a solução com a nossa infraestrutura existente. A razão para isso foi aumentar a colaboração com uma base de 10 mil usuários potenciais e tornar a administração do serviço automático. Os benefícios obtidos com essas ações foram mais proteção por meio de single sign-on e segurança reforçada, além de menor carga administrativa e maior produtividade pelo acesso centralizado ao Live Meeting.

Por fim, mas não menos importante, repensamos as práticas de negócios e passamos a usar tecnologias de conferência para aumentar a produtividade, cortar custos e diminuir a emissão de carbono. Isso significou reduzir o número de viagens, de ligações e até da necessidade de espaço físico. Também aperfeiçoamos os processos com uso mínimo de papel ao adotar formulários eletrônicos, fornecer softwares de captura de anotações e implantar serviços on-line. Os motivos dessas iniciativas foram maximizar o tempo de gestão do cliente e das vendas e permitir a participação de todos nas principais reuniões. Dessa forma, conseguimos 160 horas adicionais de produtividade, economizamos US$ 18 mil com despesas de passagens, táxis e hotéis e evitamos a emissão de quatro toneladas de CO2.

O impacto desta estratégia global que gera economia em escala, também reflete aqui no Brasil. Praticamente temos alguns metros quadrados de servidores para Infraestrutura local e menos de 10 pessoas para tocar uma subsidiária de quase 1.000 funcionários e colaboradores, onde parte destes recursos também apoia América Latina. O modelo é bem maduro com um nível de serviço bem elevado, o que torna a área de IT no Brasil extremamente focada no negócio da companhia com pouca atuação operacional.

Essa é a nossa experiência – muito bem-sucedida, diga-se de passagem – com o tema sustentabilidade ambiental corporativa. Na minha visão, cada empresa deve encontrar o seu próprio caminho para lidar com o assunto. Mas, acredito que responder algumas questões pode ser um ótimo começo:

  • Quais são as configurações de gerenciamento de energia aplicadas aos computadores e servidores da empresa?
  • Quais são as ferramentas para controlar o consumo de energia em estações, nos dispositivos e no datacenter?
  • Como a virtualização se encaixa na sua estratégia de datacenter para aumentar a eficiência?
  • Como os serviços na nuvem se encaixam em sua estratégia geral para reduzir a emissão de carbono e o impacto do consumo de energia em seu datacenter?
  • Qual a função da tecnologia na redução da quantidade de viagens necessárias em sua organização?
  • Como é monitorado e medido atualmente o desempenho da sua organização em relação às metas de sustentabilidade ambiental?
  • O modelo de negócio da sua companhia habilita usar TI como ferramenta estratégica para gerar escala com impacto ambiental?

Hermenegildo Cavalcanti

Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Cidade de São Paulo, Hermenegildo lidera todas as iniciativas internas de TI da Microsoft Brasil. É responsável por direcionar todas as adoções de plataformas globais bem como implementações, aplicações e soluções de Infra-estrutura, atuando também em colaboração com as áreas de entrega de solução corporativa, engenharia e Infraestrutura para prover serviços essenciais na melhoria de produtividade.

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