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Por Manuel Matos*

O recente e discreto lançamento pela Apple de uma integração alimentada por Open Banking no Reino Unido marca um momento importante no percurso global do conceito Open. Com essa integração, os usuários do aplicativo Wallet no Reino Unido agora podem visualizar saldos de contas correntes e históricos de transações, sinalizando uma era de transparência e controle financeiro aprimorado para os consumidores. O mais intrigante é o potencial impacto que esse desenvolvimento pode ter no Brasil, líder global em Open Finance.

O Brasil, com seu ambicioso projeto de Open Finance, não só abriu as portas para uma revolução financeira, mas também estabeleceu um padrão para outras nações. A liderança do Brasil é clara, uma vez que vai além do Open Banking para abarcar um ecossistema mais amplo de Open Finance. Isso permite uma interação mais profunda entre diferentes serviços financeiros e não financeiros, fomentando inovação e inclusão financeira.

A iniciativa da Apple no Reino Unido é um testemunho do poder de integração e aceitação crescente do Open Banking. Ela pode acelerar a adoção e desenvolvimento de tecnologias de Open Finance no Brasil. Com grandes players de tecnologia entrando em campo, o cenário se define para uma competição saudável e serviços mais inovadores e centrados no cliente. 

O caso de sucesso no Reino Unido serve de modelo para empresas e reguladores brasileiros. Ao observar e aprender com essas iniciativas globais, o Brasil pode aprimorar seu arcabouço regulatório de Open Finance, permanecendo na vanguarda dessa revolução financeira global.

Além disso, a entrada de gigantes tecnológicos no Open Banking reforça a necessidade de infraestrutura sólida e regulamentação ainda mais clara no Brasil. O avanço global do Open Banking fornece insights valiosos para fortalecer o ambiente de Open Finance brasileiro.

A convergência de tecnologia e finanças tem o poder de reformular o cenário financeiro, proporcionando uma experiência mais rica e controlada pelo consumidor. Com sua visão progressista de Open Finance, o Brasil está bem posicionado para liderar esse movimento e criar um futuro financeiro mais inclusivo e inovador.

*Manuel Matos é coordenador do Comitê Open Insurance da Camara-e.net, entidade que presidiu durante cinco anos. Também é fundador da Via Internet Insurance Consulting, criada em 1995, e uma das empresas pioneiras da Internet no País.